O conceito de indústria cultural vai ganhando novos dados e se transformando. Vê o que ceis acham dessa parada ai...
Já foi constatado pela galera de Frankfurt que nada disso deixa de ser absorvido na industria cultural. Mas é a partir disso que, culturalmente, se pode defender com Emicida: "a sociedade vende Jesus porque num ia vender rap?"
Sendo assim, o papo aqui não é discutir as variantes liberais e socialistas, mas outras vias: ler nossa tendência cultural (M. Maffesoli) ou, ainda melhor, olhar por onde passamos (M. Serres).
E eu só comentei esse post porque ouço atento as músicas da Pitty. Tem sempre que haver um móvel e é bom assumir isso, quis me colocar no jogo. O móvel já indica tudo. O meio é a mensagem... (McLuhan).
* A motivação crítica desta postagem partiu da leitura aqui: http://www.quedelicianegente.com/2013/07/airplanes-made-in-brazil-ouca-emicida-e.html
* As referências entre parênteses e itálico são de ordem acadêmica.
A frase acima é cantada pelo rapper Emicida na canção "Hoje cedo", compartilhada abaixo.Entre música, indústria cultural e contemporaneidade, a parceria Pitty e Emicida me chamou para olhar fatores além deles:
- As obras clássicas pairam no ilimitado da reprodutibilidade técnica (W. Benjamin) e ficam tecnicamente à mercê da vontade e da emancipação cultural, fatores que merecem toda a crítica frankfurtiana.
- A música séria (T. Adorno) mantém o papado e a ostentação, a virilidade e o valor humano, mas os Geeks, dentre outros, hoje tratam de furar o bloqueio de viés econômico-classista.
- A música da periferia, autêntica, pulou também para baixo dos holofotes, como não estava há 10 anos.
- Muito se falou em Baudelaire e em quando o mito virou história. O tema de "Hoje cedo" é o quê afinal? É romance, lógico... Ao mesmo tempo, é crítica social... e é batidinha herdada dos EUA...
- A crítica musical contemporânea aparentemente seguiu o arquétipo da música séria, mas com outro tratado semiótico.
à Por exemplo, a partir de 2003, quando Pitty ainda era - mas deixava de ser - dos 'punk rock hardcore', lia-se muito que "se vendeu". Toda galera do rock passou por isso. Hoje, sem resquícios do mito de 'hardicoridade' de sua música, quem passa por isso não é mais o rock, mas o rap. A parceria Pitty-Emicida cela isso. Criolo é prova disso. Emicida é prova disso. "Se vendeu?" Mas ele dialoga: "é rima que ceis querem: toma!", mas "ainda sou o emicida da rinha".
Já foi constatado pela galera de Frankfurt que nada disso deixa de ser absorvido na industria cultural. Mas é a partir disso que, culturalmente, se pode defender com Emicida: "a sociedade vende Jesus porque num ia vender rap?"
Sendo assim, o papo aqui não é discutir as variantes liberais e socialistas, mas outras vias: ler nossa tendência cultural (M. Maffesoli) ou, ainda melhor, olhar por onde passamos (M. Serres).
E eu só comentei esse post porque ouço atento as músicas da Pitty. Tem sempre que haver um móvel e é bom assumir isso, quis me colocar no jogo. O móvel já indica tudo. O meio é a mensagem... (McLuhan).
* A motivação crítica desta postagem partiu da leitura aqui: http://www.quedelicianegente.com/2013/07/airplanes-made-in-brazil-ouca-emicida-e.html
* As referências entre parênteses e itálico são de ordem acadêmica.
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